Busca e Apreensão de veículo
- M. CAMPOS advogados
- 22 de abr.
- 2 min de leitura
O que fazer quando o banco leva o seu veículo em ação de busca e apreensão?
Atrasar apenas uma parcela do financiamento dá direito ao banco de ajuizar ação de busca e apreensão contra o devedor, e apreender o veículo. Esse direito do banco é garantido por lei.
Mas é possível recuperar o veículo, pagando o valor da dívida dentro de cinco dias, contados a partir da apreensão. O devedor pode ainda apresentar uma defesa no processo, no prazo de 15 dias.
Se o devedor não agir, o veículo irá para leilão para cobrir a dívida.
Muitas vezes o valor obtido pelo banco no leilão não é suficiente para quitar a dívida, e o banco entra com ação de execução. O devedor além de ficar sem o veículo, ainda responde a um processo de execução, podendo perder outros bens com penhora, e até mesmo bloqueio de suas contas bancárias. Além disso, o devedor fica negativado, sendo impedido de obter empréstimos, financiamentos, cartão de crédito, e com a sua reputação financeira prejudicada.
No entanto, há estratégias de defesa que possibilitam ao devedor garantir a posse do veículo e condições justas para o pagamento da dívida.
Mas o que fazer para evitar a busca e apreensão do veículo?
Caso seja inevitável atrasar a parcela do financiamento do veículo, é muito importante entrar em contato com o banco imediatamente para tentar negociar o débito em atraso, antes que a ação de busca e apreensão seja ajuizada. Também é importante ficar atento à correspondência, pois o banco é obrigado a notificar por escrito o devedor sobre a sua intenção de ajuizar com a ação de busca e apreensão. O banco é legalmente obrigado a notificar o devedor via correio antes de ajuizar a ação de busca e apreensão, permitindo a regularização e pagamento das parcelas atrasadas.
Mas, se a ação for ajuizada, antes do prazo de cinco dias para pagamento, é importante procurar um advogado especialista para analisar o contrato e verificar se não há irregularidades ou abusos, pois, muitas vezes, é possível questionar o banco e até mesmo evitar a apreensão sem o pagamento total da dívida.
Outra estratégia, é revisar o contrato de financiamento judicialmente, a fim de analisar as cláusulas contratuais, as taxas de juros aplicadas, as tarifas cobradas e verificar eventuais abusos. Detectado algum abuso ou ilegalidade, é possível reduzir o valor da dívida.
Embora a ação de busca e apreensão seja um processo perigoso para o consumidor inadimplente, é possível evitar maiores problemas, agindo de forma adequada.
Buscar orientação jurídica especializada é fundamental para evitar problemas e proteger o seu direito.
Patricia Blander
Advogada especialista em Direito Bancário

Comments